Escala, poder de barganha, capacidade de investimento, projeção da marca. Essas são características que muitas vezes colocam as grandes empresas em situação de vantagem sobre as menores na hora de competir pelo mercado. Mas ser pequeno também tem seus benefícios. Saiba quais são eles e confira as dicas de especialistas para aproveitá-los melhor.
1. Atendimento personalizado
Uma das vantagens de ter uma estrutura enxuta é a proximidade que o alto comando da empresa tem dos clientes. Usando isso a seu favor, o empreendedor pode oferecer produtos muito mais customizados às necessidades dos consumidores e se diferenciar no atendimento. “O pequeno gasta muito menos para dar um suporte mais personalizado para o cliente e ele valoriza isso”, destaca a professora Dariane Castanheira, do Proced/FIA.
2. Agilidade para mudar
Ser pequeno permite que um negócio se movimente com maior agilidade para reagir a mudanças no mercado e atender a novas demandas do cliente. “A facilidade de adaptação é muito maior. Se você muda um produto ou reformula a estratégia da empresa, é muito mais fácil organizar a força de vendas para responder a essa alteração. Nas grandes, há um cuidado enorme com a comunicação”, aponta Dalton Viesti, coordenador de graduação da Trevisan Escola de Negócios.
3. Ambiente propício à inovação
Grandes empresas como Google e Microsoft frequentemente compram jovens negócios para trazer inovações para dentro de casa. O motivo por trás desta estratégia é que, apesar dos recursos mais abundantes, os processos nas grandes corporações tendem a ser mais lentos e burocráticos do que nos pequenos.
“O ambiente mais compacto favorece a troca de ideas. O funcionário nem precisa bater na porta do presidente da empresa – em geral eles trabalham juntos, almoçam juntos. A informalidade facilita o processo”, aponta Viesti.
Outro fator que torna os menores mais propensos a apostar em novas ideias é que o impacto do fracasso tende a ser menor. Sem acionistas cobrando resultados ou analistas acompanhando de perto os números da empresa, ela fica mais livre para fazer movimentos ousados. “Em geral, tem menos coisas em jogo, portanto é mais fácil arriscar”, resume Evandro Paes dos Reis, professor de empreendedorismo e inovação da BSP.
4. Diversidade de recursos
4. Diversidade de recursos
O pequeno empreendedor tem acesso a uma série de linhas de crédito específicas. Programas de subvenção econômica do governo, como o PRIME, da Finep, por exemplo, oferecem inclusive recursos não-reembolsáveis (ou seja, que não precisam ser devolvidos) para jovens negócios inovadores. “Se souber vender bem a sua ideia, o empreendedor pode conseguir acesso a crédito mais barato”, destaca Dariane.
Os investidores anjo e fundos de capital semente e venture capital, que crescem cada vez mais no Brasil, também são uma opção para captação de recursos à disposição dos pequenos. Em troca de uma participação no negócio, eles injetam capital para fazê-lo crescer mais rápido.
5. Atração de talentos
Embora nem sempre possa oferecer os mesmos salários e benefícios que as grandes corporações, as pequenas empresas inovadoras tendem a atrair profissionais jovens, que buscam flexibilidade e autonomia, além de oportunidade para crescer rápido.
“Cada vez mais as pessoas procuram a liberdade para fazer o que gostam, mesmo que isso signifique ganhar menos”, destaca Reis. “As grandes empresas às vezes frustram os talentos, porque é tudo muito amarrado, muito padronizado”, explica o professor.
Outra vantagem é que, mesmo com políticas de benefícios menos abrangentes, as pequenas muitas vezes conseguem distribuir lucros de maneira menos burocrática, podendo remunerar e incentivar os profissionais de acordo com o desempenho de cada um, aponta o professor.
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