2 de maio de 2011

Abra a cabeça! Porque trabalhar das 8 às 6 é idiotice

Por Rodrigo Staeber  


O título desse artigo pode ter chamado sua atenção. Bom! Era essa realmente a minha intenção! Gostaria de conversar com você hoje sobre um tema importante: trabalho! Você sabe por que você trabalha? Se você é como a maioria das pessoas sua resposta girara em torno da questão da sustentação financeira, eu trabalho porque preciso sobreviver né! Essa pode ter sido sua resposta. Alguns mais entusiasmados vão para o lado da honra – o trabalho dignifica o homem – como dizia Adam Smith… Ainda tem aqueles que gostam do que fazem e não veem sentido em não trabalhar – o que eu faria da vida se não trabalhasse? O meu argumento, contudo, não vai na direção de acabar com o trabalho para virar vagabundo… mas vamos lá!
Vivemos em uma época em que a tecnologia permite um nível de comunicação e transferência de dados jamais vista na história. Nossos pais e avós precisavam se deslocar aos seus locais de trabalho para realizarem as atividades para as quais foram contratados pois não era possível, na maioria das tarefas, realizá-las em qualquer outro lugar. Esse já o primeiro ponto que podemos analisar aqui. Hoje tudo é diferente. O trabalho à distância está se tornando cada vez mais comum. Na maioria das situações de trabalho, se deslocar até a empresa propriamente dita para realizar o trabalho é idiotice oriunda de hábitos e resistência à mudança. Talvez não por parte do empregado, é claro, que adoraria trabalhar em casa, mas dos administradores da empresa em si! A maioria das pessoas trabalha na frente de um computador e suas tarefas se resumem a processar dados como responder e-mails, gerar relatórios e produzir mais dados além de se comunicar com outras pessoas dentro e fora da empresa. Esse tipo de trabalho pode ser feito de qualquer lugar, não existe real necessidade para que a pessoa se desloque até a empresa e sente numa mesa que custa dinheiro para a empresa, use um computador que também onera a empresa financeiramente num espaço cuja utilização também não é gratuita. Os maiores gastos de grandes empresas que possuem vastos escritórios com muito pessoal estão ligados aos custos da manutenção da estrutura. O movimento de mudança já está acontecendo, principalmente em países de primeiro mundo, que hoje em 2011 ainda sofrem as rebarbas da crise que assolou os EUA em 2008. O problema é que você meu caro pode ainda estar longe de ser beneficiado por uma visão mais moderna do trabalho. Cabe a você então tomar as rédeas de sua carreira e força de trabalho e realizar as mudanças que você deseja para si mesmo.
Outro ponto que podemos analisar é que a tecnologia de hoje possibilita que muito mais gente seja dona da própria carreira. Na maioria das profissões não há mais necessidade de manter um emprego formal, dependendo totalmente de um único empregador para ser capaz de sustentar a si mesmo e a própria família. Só faz isso quem não sabe fazer dinheiro. E aí temos uma grande revelação! Muita gente morre de medo de perder o único emprego que têm porque simplesmente não sabem fazer dinheiro e não saberiam o que fazer caso fossem demitidas. A única saída seria partir distribuindo currículos na esperança de conseguir outro emprego. Essa ignorância quanto à geração de renda apenas aumenta a resistência quanto às vantagens da modernidade. O fato da pessoa se deslocar para o trabalho todo dia lhe fornece um senso maior de segurança como se o fato dela trabalhar “virtualmente” fosse mais inseguro e ela pudesse perder a fonte de renda com mais facilidade. A realidade é o oposto disso!
Mesmo em situações formais de trabalho em que o empregado trabalha contratado pela empresa, porém virtualmente, a segurança é maior pois a empresa tem maior vantagem ao não incorrer em custos para manutenção da área de trabalho que o empregado ocuparia dentro da empresa.
Quando fomos atingidos pela crise aqui nos EUA em 2008, a primeira atitude que tomamos foi fechar nossos escritórios físicos e tornar todos os nossos empregados virtuais. Esse modelo funcionou tão bem que nos anos seguintes fechamos nossos outros escritórios no resto do mundo. Demorou quase 1 década, mas finalmente percebemos que uma empresa de internet não precisa de escritório físico! Todos nós trabalhamos agora de qualquer lugar do mundo. Eu escrevo esse artigo em meu ipad acessando a internet através do gogo inflight num avião para Las Vegas. Não paro em casa (atualmente Los Angeles) há 4 meses e não volto para a minha terra natal (São Paulo) há 2 anos. Meus colegas também trabalham de onde quiserem, mesmo o pessoal do atendimento que deve estar em alerta se revezando 24 horas por dia para atender bem o nosso público. Temos metas, não horários para cumprir! Esse modelo administrativo acabou funcionando muito melhor do que o antigo modelo de cumprir as 8 horas de trabalho diário. Meu trabalho é webdesign. Às vezes eu trabalho 1 hora por dia, às vezes eu não trabalho nada, às vezes eu trabalho 14 horas seguidas! Tudo depende das minhas metas de trabalho, como eu me organizo para cumpri-las e meu ritmo pessoal. Tudo o que eu sei é que preciso entregar o site X pronto no dia tal. A partir daí eu faço meus próprios horários e cumpro com as minhas metas a partir de qualquer computador de qualquer lugar do mundo.
Muitos administradores têm medo de dar esse nível de liberdade para seus empregados, mas eu vou te dizer uma coisa: funciona muito bem! Metas funcionam muito melhor do que horários! O meu primeiro emprego foi numa empresa multinacional em São Paulo cujo trabalho era “comparecer”! Estando lá, era só ficar disponível que “as pessoas me davam trabalho”! É claro que eu não tinha motivação nenhuma, já que motivação vem de motivo, de propósito. Eu não tinha um motivo, algo para me apegar, alguma tarefa para me comprometer e me desafiar. Eu via que os outros empregados da empresa, mesmo mais qualificados e em posições mais altas, também faziam o ritual de “comparecer” e daí ver o que tinha pra fazer naquele dia. Isso numa empresa grande que tinha planejamento estratégico e tudo o mais. Em empresas pequenas os empregados se sentem ainda mais perdidos. Muito tempo é gasto em conversa fiada e socialização de corredor, navegação pela web em sites não relacionados ao trabalho, emails que também não são relacionados ao trabalho e o custo de manutenção dessa ociosidade está saindo do bolso da empresa. Do ponto de vista empresarial é muito mais vantagem manter funcionários virtuais e enxugar a estrutura ao máximo do que ficar sustentando os hábitos sociais dos empregados. Em casa fazemos a mesma coisa é claro, mas ninguém está pagando pela nossa falta de disciplina. Desde que cumpramos com as nossas metas, a empresa obtém o mesmo tipo de resultado sem o custo extra de sustentar o empregado por 8 horas, 5 dias por semana.
Do ponto de vista individual é muito mais negócio ser dono da sua própria força de trabalho e ao contrário do que o senso comum acredita, trabalhar como freelancer ou manter um pequeno negócio, quanto mais virtual possível, é a melhor opção para quem quer mais liberdade. O ideal é montar um conjunto de fontes de renda vindas de diversas direções de forma que seria impossível perder todas elas ao mesmo tempo. Vale mencionar que freelancers que se sentem inseguros com sua condição caem na mesma do empregado que se segura ao emprego porque não sabe fazer dinheiro. E é aí que meu “abra a cabeça” entra. Num mundo em que realizar tantos tipos de trabalho de forma virtual estão pipocando por todos os lados e a tecnologia nos dá poder e liberdade para trabalhar de qualquer lugar, quando quisermos, porque ainda tem gente que se sujeita a trabalhar convencionalmente? Falta de conhecimento é a resposta que me vem à mente… muita gente simplesmente não sabe que pode e mesmo ao ler um artigo como esse ainda ficam sem saber como fazer. Foge ao objetivo desse artigo discutir as inúmeras possibilidades do que você poderia fazer com um nível de rentabilidade muito maior do que um emprego normal e mesmo muito mais segurança. Vou escrever mais sobre isso aqui nas próximas semanas. No entanto, posso recomendar o excelente curso da minha colega Fran Christy sobre como montar um negócio na internet. Na minha opinião, um negócio na web é a forma mais fácil, barata e rápida para conquistar uma condição de liberdade máxima e uma renda muito superior do que se ganha no Brasil hoje.


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