9 de abril de 2011

Começando com sucesso 2011/Centro de Treinamento Elaine Ostermann



 
Vamos colocar de lado o conceito equivocado de que motivação, no mundo corporativo, significa bônus salariais, promoções, eventos festivos, palestras-show e tapinhas nas costas. Embora importantes e desejáveis, profissionais responsáveis sabem que estes são aspectos apenas estimuladores de um comportamento pró-ativo.

Motivação é um processo endógeno, responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para atingir uma determinada meta. A intensidade está relacionada à quantidade de esforço empregado - muito ou pouco. A direção refere-se a uma escolha qualitativa e quantitativa em face de alternativas diversas. E a persistência reflete o tempo direcionado à prática da ação, indicando se a pessoa desiste ou persiste no cumprimento da tarefa.

David McClelland, psicólogo da Universidade de Harvard, com a Teoria das Necessidades Adquiridas.

Três Bases Motivacionais:

McClelland identificou três necessidades secundárias adquiridas socialmente: realização, afiliação e poder.

Cada indivíduo apresenta níveis diferentes destas necessidades, mas uma delas sempre predomina denotando um padrão de comportamento.
 
Pessoas motivadas por realização são orientadas para tarefas, procuram continuadamente a excelência, apreciam desafios significativos e satisfazem-se ao completá-los, determinam metas realistas e monitoram seu progresso em direção a elas.

Indivíduos motivados por afiliação desejam estabelecer e desenvolver relacionamentos pessoais próximos e pertencer a grupos, cultivam a cordialidade e afeto em suas relações, estimam o trabalho em equipe mais do que o individual.

Finalmente, aqueles motivados pelo poder apreciam exercer influência sobre as decisões e comportamentos dos outros, fazendo com que as pessoas atuem de uma maneira diferente do convencional, utilizando-se da dominação (poder institucional) ou do carisma (poder pessoal). Gostam de competir e vencer e de estar no controle das situações.

Meu convite é para que você reflita, respondendo a si mesmo: onde me encaixo? É provável que você goste de ter o controle, deseje realizar coisas, tenha prazer em competir, estime cultivar relações pessoais. Mas observe como há um padrão dominante. Se eu solicitar a uma platéia que todos cruzem os braços, algumas pessoas colocarão o braço direito sobre o esquerdo e vice-versa. Se eu solicitar que invertam estas posições, todos serão capazes de fazê-lo, mas seguramente sentirão um certo desconforto. Assim são as preferências: tendemos a optar por alguns padrões. Você tem uma base motivacional preponderante.

Teoria Aplicada à Prática

Segundo a Teoria de McClelland é fácil compreender que para uma empresa lograr êxito é preciso a praticidade e o foco de pessoas motivadas pela realização, a liderança e a firmeza de indivíduos motivados pelo poder, a sinergia e empatia daqueles motivados por afiliação.
Quando as empresas perceberem isso, será possível encontrarmos pessoas mais felizes trabalhando pelo simples fato de estarem posicionadas nos lugares corretos. Passarão a gostar do que fazem, pois poderão exercer suas habilidades com plenitude.
Quando os empreendedores perceberem isso, será possível construir sociedades mais estáveis formadas por pessoas que se complementam mais por suas habilidades e anseios e menos por cultivarem apenas relações de amizade. Teremos negócios mais sólidos, gerando mais empregos, sendo mais auto-sustentáveis.
Quando as pessoas perceberem isso, será possível que passem a abrir mão da necessidade de estarem certas – ou de alguém estar errado – sem abdicar de suas próprias verdades filosóficas ou opiniões mais sensíveis. E passem, a partir deste autoconhecimento, a fazer o que podem, com o que têm, onde estiverem.

“Para o profissional, isto tudo significa ser mais empreendedor que trabalhador e tomar para si as rédeas do seu futuro. Significa “jogar nas 11 posições”, ou seja, criar e afinar seu “produto” e discurso de venda, marquetear-se como especialista, cuidar da sua reputação na rede, se fazer lembrar, prospectar, participar de concorrências, preparar propostas, negociar, vender, desenvolver e entregar, prestar serviços de suporte, cobrar, administrar financeiramente a sua empresa individual, pensar na sua aposentadoria e pagar seu plano e seguro de saúde.


Você já é o presidente da sua vida, o empreendimento mais importante que pode imaginar. Chegou a hora de preparar o business plan mais importante de todos o negócios com os quais já se envolveu até hoje: o da sua carreira.

Mas, como fazer?
O primeiro passo é mudar sua forma de pensar. Pense como um empreendedor, saia da zona de conforto que você construiu para si nos últimos anos. A década na qual vivemos hoje será lembrada no futuro como o início de uma revolução imperceptível, o momento em que um grande número de pessoas reassumiu as rédeas de seu destino, que havia sido de certa forma delegado à empresa, ao governo, à Igreja e a outras instituições.

No passado nos acomodamos com a tentativa das empresas de traçar os planos de carreira de seus funcionários. Mas isso não é mais possível, esse mundo acabou. O ritmo alucinante de mudanças no qual vivemos impede as empresas de fazerem planos de carreira de longo prazo. Uma simples razão: será que algumas dessas carreiras na ladeira organizacional ainda existirão daqui a 10 anos?

Se você tem tido sucesso e se acostumou a pensar e a fazer as coisas de uma forma nos últimos anos, saiba que o sucesso do passado não garante seu futuro. E que o maior inimigo do sucesso é o próprio sucesso que acaba fazendo-nos acomodar.
Não acredite que "devagar, e sempre, a gente chega lá". Hoje em dia, devagar não se chega a lugar algum e quem espera nunca alcança. Ou pode chegar tarde demais quando as oportunidades viraram a realidade de quem chegou mais rápido que você.

Outra forma de pensar que pode ajudar muito seu posicionamento estratégico no mercado de trabalho: as opções que você tem não se limitam aos competidores da empresa onde trabalha.
Muita gente quando pensa no mercado de trabalho se limita a pensar apenas na concorrência. Amplie seus horizontes. Pense em toda a cadeia do negócio. As oportunidades podem estar nos distribuidores dos produtos de sua empresa; ou em algum fornecedor estratégico, em algum parceiro. Ou pense em montar sua própria empresa para prestar serviços para o atual empregador.

Você já pensou onde quer chegar daqui a três anos? Sim, isso mesmo, você já tem visualizado o futuro que gostaria de inventar? Identifique onde você quer chegar com clareza pois fica difícil definir uma estratégia quando não temos clara a métrica do nosso sucesso.

E curiosamente a maioria das pessoas gasta a maior parte do seu tempo pensando no passado, de onde veio, as dificuldades que enfrentou, se vangloriando dos acertos que teve.
Outra grande parte do tempo também é usada em justificar onde está, o seu presente, os desafios que vive, as metas a alcançar até o final do ano. E acaba dedicando pouquíssimo tempo a pensar onde deseja chegar, a inventar seu futuro, a sonhar de olhos abertos com os pés no chão. Perceba que o importante não é de onde você veio, nem onde está, mas onde você quer chegar !

Vamos lá, mexa-se! Prepare um plano para sua carreira e trate-a como um negócio. Pense como um empreendedor. Evite se colocar como um empregado que pensa na seqüência de cargos que pretende acumular ao longo do tempo.
César Souza (Presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos, além de autor e palestrante. Texto baseado no seu novo livro Cartas a um Jovem Líder. Para saber mais, visitewww.cartasaumjovemlider.com.br )

Um comentário:

  1. A todas as queridas e queridos alunos que tive a oportunidade de conhecer esta semana, o meu muito obrigado pela atenção, participação e carinho que me dedicaram. Estou por aqui à disposição de vocês, no facebook e no msn também, ok? Bjus a todos!

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