1 de abril de 2011

José Alencar - Amor à vida!



José Alencar Gomes da Silva comporta várias biografias numa só: self made man, autodidata, homem que apoiou o golpe militar e aderiu às “Diretas Já”, representante patronal que desafiou seus pares e integrou a chapa do líder dos trabalhadores, empresário milionário que subverteu a luta de classes e se tornou vice do torneiro mecânico eleito presidente da República. E, enfim, ícone da luta contra o câncer.


Típico patriarca, Alencar foi o menino pobre que estudou até a primeira série do antigo ginasial, saiu de casa aos 14 anos, abriu sua primeira loja aos 18, venceu, cresceu e construiu um império. Não satisfeito, exerceu forte militância empresarial e evoluiu para a política partidária. Apaixonou-se pelos palanques. Sonhou um dia ser presidente da República e revolucionar o Brasil.

Em toda essa trajetória de sucesso, jamais abandonou as origens e a fé num país mais desenvolvido e mais justo, nem se afastou dos pais, dos irmãos e dos sobrinhos, tornando-se o eixo em torno do qual girou uma numerosa família para quem ele é simplesmente “Zezé”.
Casado com Mariza, moça mais bonita de Caratinga, pai de Maria da Graça, Patrícia e Josué – o herdeiro no controle dos negócios –, Alencar tem cinco netos e duas bisnetas.Na opinião de alguns dos mais respeitados médicos brasileiros, ele é um desafio, quase um milagre. Para milhões de brasileiros, um comovente exemplo de amor à vida.

É esta saga de um brasileiro com tantas histórias e “causos” para contar que chega agora às mãos do leitor pela pena sensível de Eliane Cantanhêde.
A biografia do vice-presidente José Alencar marca o lançamento de um novo selo, Primeira Pessoa, dedicado a obras de não ficção com ênfase em biografias, autobiografias, relatos, depoimentos e livros-reportagem.

É uma honra trazer à luz este novo selo com a biografia de um brasileiro que se tornou exemplo de homem público na atividade empresarial, na política e no cotidiano de luta contra o câncer. A palavra que ninguém gosta de pronunciar sai da boca do vice-presidente com a naturalidade e a transparência de quem fala de um resfriado. O câncer não é um resfriado, mas uma doença que pode e deve ser enfrentada com obstinação e esperança.

Alencar tem sido um ícone para milhões de brasileiros que padecem do mesmo mal, e as páginas deste livro foram felizes em captar a inspiração que sua perseverança e vontade de viver provocam. Eliane Cantanhêde, articulista da Folha de S.Paulo, foi a responsável por flagrarcom sensibilidade única este exemplo de determinação. Chegou a acompanhar in loco uma das sessões de quimioterapia. Constatou que Alencar e seu amor à vida são capazes de injetar doses diárias de fé em quem, como ele, incorporou a quimioterapia a seu cotidiano.

A coragem de Alencar fez dele um super-homem no traço de uma adolescente. Ou alguém dono de “fé inabalável” na expressão de um dos milhares de brasileiros que escreveram ao longo dos últimos oito anos para o gabinete da Vice-Presidência da República. Ou ainda um amante da vida, um homem que renasce dia após dia, cirurgia após cirurgia, internação após internação.

Um dia Alencar ouviu de seu pai que o importante na vida é poder voltar. Ele de fato voltou muitas vezes. Voltou a Ubá. Voltou a Belo Horizonte. Voltou à representação empresarial depois de perder uma eleição sofrida. Voltou ao comércio de tecidos depois de uma breve incursão pela negociação de café. Voltou à Vice-Presidência, reeleito na chapa de Lula.

Porém o mais importante, o que não está ao alcance de qualquer mortal, foi o retorno à vida. As palavras do pai se revelaram proféticas, e aí está o filho, de volta à vida incontáveis vezes, agora de corpo e alma à disposição dos leitores.

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