18 de março de 2011

Lute contra o estresse.


Lute contra o estresse

Luiz Massad é gestor médico da Torres Associados consultoria de benefícios

Transtornos mentais e comportamentais representaram mais de um terço dos casos de afastamento entre 2005 e 2010

As facilidades e a agitação do mundo contemporâneo trouxeram consigo fatores desencadeantes de estresse. Exemplos são o trânsito, a instabilidade no emprego, os problemas financeiros, a violência etc. Esta constante presença tornou o estresse e suas consequências um vilão da vida moderna ganhando até um dia especial: 23 de setembro como sendo o Dia de Combate ao Estresse.

Algumas atividades profissionais elevam ainda mais o grau de estresse. As que envolvem desafios e metas, muitas vezes intangíveis, também geram desequilíbrios emocionais que podem evoluir para patologias psiquiátricas e colocam a pessoa em situação de estresse permanente. Vale ainda citar atividades que demandam desgaste intelectual, envolvendo alto nível de atenção do profissional que a exerce.

Ao avaliar o número de afastamentos do trabalho, o Ministério da Previdência Social, constatou que os transtornos mentais e comportamentais representaram mais de um terço dos casos de afastamento entre 2005 e 2010 (33,5%), Sendo, ao lado dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), as patologias que mais ensejaram benefícios. As áreas profissionais mais afetadas pelos transtornos do humor são: refino de petróleo, transporte ferroviário urbano, professores, profissionais da área de saúde e policiais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, até 2020, a depressão e os transtornos mentais passarão da 4ª para a 2ª colocada, entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo.

É possível diagnosticar o estresse em uma pessoa que apresente frequentemente alguns sintomas, como respiração mais ofegante, mãos e pés que transpiram mais que o normal e ficam frios e pele mais oleosa ou mais seca. Os sinais de alerta mais comuns, relacionados pela NIOSH (National Institute of Occupational Safety and Health) são dor de cabeça, distúrbios no sono, intolerancia, queimação gástrica, insatisfação no trabalho e moral baixa. Os riscos para a saúde em uma pessoa estressada são vários: a possibilidade de infarto aumenta em até 60%, a pressão arterial pode subir, o colesterol tende a ficar alto, pode desenvolver arteriosclerose, diabetes ou sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O tratamento recomendado para combater o estresse é, basicamente, mudar de hábitos, como deitar mais cedo, dormir mais, fumar e beber menos, alimentação mais saudável, socialização maior com amigos, dançar, fazer esportes, ir ao cinema, viajar, tirar férias e curtir a família. Os exercícios físicos também contribuem para aliviar o estresse. Os mais indicados são os aeróbios (natação, caminhada, corrida, andar de bicicleta), somados aos que promovem relaxamento, como a yoga. A oxigenação do sangue, conseguida com o exercício físico, permite ativar os neurotransmissores, ajudando a tranqüilizar e dar prazer.

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