6 de outubro de 2009

FUTURO E MUDANÇAS


por Márcia Matos


Mudanças ocorrem todo o tempo. Pode ser que ocorram no ambiente interno ou externo à empresa. Em ambos os casos podem ou não afetar diretamente a empresa ou os seus funcionários. Depende da capacidade de cada um em lidar com elas. Normalmente quando as mudanças nos afetam temos resistência, porque mudanças podem abalar nossa zona de conforto. Mas, se somos nós a provocar alguma mudança, não entendemos o desconforto dos outros. Mudanças internas à empresa, associadas a alteração ou implantação de normas, procedimentos, processos alteram o comportamento das pessoas, mas são mais fáceis no caminho do re-equilíbrio. Por exemplo, quando a loja de tecidos resolve mudar a forma de expor seus produtos, colocando tiras em araras com nome e preço, de forma a permitir que os clientes toquem e examinem os tecidos, os vendedores precisam se acostumar a encontrar a peça no interior da loja, medir, e anotar na tira de exposição a metragem restante. A mudança na forma de expor os tecidos mudou a relação dos vendedores com as peças e eles tiveram que mudar a maneira de orientar, receber e vender. Tiveram de adquirir novas habilidades. Mas não foi tão difícil nem tão demorado.
Mudanças externas à empresa são mais complexas e requerem mais atenção e alteração e/ou inclusão rápida de novas soluções, aprendizados, comportamentos.
Por exemplo, com o avanço da tecnologia da informação as empresas se viram praticamente obrigadas a implantar processos informatizados para controles de vendas, estoques, compras, cadastro de clientes entre outros. Esse tipo de mudança requer muito mais atenção, porque a empresa precisou perceber que sem processos informatizados começava a perder para a concorrência. As pessoas tiveram que aprender a lidar com novos equipamentos que por sua vez mudaram a forma de fazer as coisas.
Em ambos os casos, inovações provocaram as mudanças e a necessidade de adaptação. Atualmente, a velocidade das mudanças não está facilitando a vida dos profissionais nem a dos dirigentes. Talvez fosse importante pensar em trabalhar comportamentos empreendedores que proporcionassem mais flexibilidade para a lida com as inovações. Em vez de esperar pelas dificuldades a cada mudança, desenvolver a criatividade, a persistência, iniciativa, comprometimento.
Imagino que dentro de poucos anos, não haverá mais espaço para aqueles que precisam de tempo para um processo de consenso que envolva muitas reuniões e diálogos prolongados. Precisaremos, cada vez mais, de rapidez de entendimento e de reação, pois o mercado (seja ele qual for) não espera, anda. E veloz.
Por isso penso que futuro e mudanças são a mesma coisa e que ao mesmo tempo em que construímos o futuro ele vem ao nosso encontro. Como poderia dizer Paulo Freire, o mundo nos muda e nós mudamos o mundo, continuamente. A meu ver, a diferença está na consciência da nossa capacidade. E na coragem de mudarmos a nós mesmos.

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